quarta-feira, 7 de julho de 2010

Valentia...

O cultivo da valentia
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Você deverá tomar cada fracasso como princípio de triunfo, sempre que dele extraia o elemento que lhe faltou para vencer.

São muitos os que se desalentam quando os fracassos sobrevêm, muitos os que se desmoralizam e esmorecem por essa causa. A vida é, no entanto, atividade constante; a própria natureza nos mostra isso. Por que, então, a mente humana há de permanecer passiva, quando tem a seu alcance tantos pensamentos úteis para ativar sua capacidade e sobrepor-se aos obstáculos?

Você bem sabe quão propenso é o homem a se deixar invadir pelas emoções tristes, amargas, violentas ou ingratas que recebe. Isto altera seu sistema nervoso, abala sua saúde e, além disso, azeda seu caráter. Para evitar tais efeitos, exercite-se muito no uso desse grande elemento neutralizador das emoções, ou contra-emocional, que meus ensinamentos lhe oferecem. A uma emoção pessimista, oponha logo outra otimista, alegre, estimulante; a uma violenta, outra sedante; e faça isso sempre com plena consciência de sua eficácia.

Quando as lutas que a vida lhe oferecer forem duras, suavize-as. Não aumente sua dureza tornando-se pessimista ou deixando que sua fortaleza decaia. Faça da luta, em todo momento, um ensinamento; torne doce seu sabor quando essa luta lhe for amarga. Verá como a observância deste conselho o levará ao triunfo.

Desterre de si para sempre o temor, por ser sinal negativo da existência humana

Insufle em sua vida essa força que se chama valor, porque necessitará dela para enfrentar com inteireza e compreensão as situações difíceis; inclusive para encarar os êxitos, porque estes podem nublar a razão e perder mérito, por não se ter sabido conter a tempo os excessos da vanglória pessoal. Ainda necessitará de valor para desfrutar a própria felicidade, se não quiser que ela se desvaneça por um momento de debilidade ou pelo simples temor de perdê-la.

O valor é uma força em extremo estimulante, porque amplia o campo mental e dá solidez ao pensar e ao atuar. O temor é, ao contrário, deprimente: aflige, tortura, amargura, entristece.

Desterre de si para sempre o temor, por ser sinal negativo da existência humana. Comprove você mesmo, a cada dia, se em seus pensamentos, em suas palavras e em seus atos há maior valentia do que na véspera. Compreenderá, então, que ser valente é dar mostra de segurança pessoal. Daí, justamente, dessa segurança pessoal, surge o verdadeiro valor. Essa será a melhor garantia da fé que você irá depositando em si mesmo, fé que necessita sempre do valor enquanto cresce; a única fé válida, porque faz o homem consciente de seus deveres para consigo mesmo, para com seus semelhantes e, essencialmente, para com Deus, seu Criador.

Trechos extraídos do livro Bases para Sua Conduta págs. 36 a 39

segunda-feira, 5 de julho de 2010

não se vive pela metade...

A INTEIREZA DA VIDA
Letícia Thompson

Ninguém vive pela metade.
O espaço de vida de cada um é o que cada qual tem de inteiro.
Se dura vinte ou cinqüenta anos não faz diferença.
O que conta é que uma vida é uma vida.
Não existe meio amor, meia felicidade, meia saudade.
Todo sentimento por si só é inteiro.
Ou a gente é feliz ou não é; ou ama, ou não ama; ou quer, ou não quer.
Quando amamos, dúvida não existe; se queremos realmente, dúvida não existe; se somos felizes...
Cadê o espaço pra infelicidade, se a felicidade toma conta de tudo?!

Então, se você se sente nesse meio caminho, talvez seja o momento de parar e refletir um pouco na sua existência.
A vida é inteira, mas não temos a vida inteira para decidirmos vivê-la intensamente.
Temos o agora.
Há quem diga que pelo fato de ser jovem ainda tem tempo.
Mas quem, além de Deus, sabe dizer a medida da vida de cada um?
Perdemos preciosos minutos no nosso hoje com a idéia de que amanhã as coisas acontecerão e que podemos esperar.

Quando começamos a medir e pesar nossos sentimentos, não vamos a lugar nenhum.
Haverá sempre uma luta cerrada entre o coração que quer viver e a razão que mede conseqüências.
Medindo dificuldades, não fazemos nada.
Se devemos medir alguma coisa, devem ser então as possibilidades. Aí sim estamos no caminho certo.
Para os pessimistas uma pedra é um estorvo, para os otimistas é um pedacinho do alicerce da própria vida.
O segredo está no olhar com que cada um vê as situações.

Só enfrentando os medos e o desconhecido é que conseguiremos viver de forma inteira essa vida que se oferece a nós em pedaços.
Ninguém disse que não há riscos.
Mas não é melhor arriscar do que viver o restante dos nossos dias na infelicidade de se perguntar o que teria sido se tivéssemos tentado?
Quando fizer alguma coisa faça com inteireza de coração.
Ame totalmente, ria totalmente, faça de tudo um todo.
A vida é bela demais para ser deixada em suspenso.

O amor é bom demais para que possamos vivê-lo em pequenas partes, sem que o tornemos real e possível.
Tente viver com a metade do seu coração e veja se consegue...
Difícil ser feliz sem ser completo.
Impossível ser completo parado num caminho de indecisões.
O coração talvez não seja o melhor conselheiro.
Mas é o que nos mantém vivos e que está sempre junto, sempre ligado a nós.
Deixe, pelo menos, uma vez, que ele fale mais alto.